Esta semana, enquanto estava revisando e atualizando as postagens, me deparei com um anúncio no Mercado Livre: "Torno De Bancada Torno Mecânico Ourives Joalheiro Mini Torno".
Amigos! Esses mini tornos servem para um monte de coisas, menos para fazer joias. A única utilidade desse torno seria fazer alianças, e mesmo assim seria preciso fazer uma adaptação e comprar um jogo de pinças internas e externas que custam caro. Se somarmos o preço do torno mais as pinças externas e internas, ele vai custar quase a metade de um torno profissional para fabricar alianças. Ou seja, é como remodelar um Fusca cuja melhoria custará 50% do valor de uma Hilux, não faz sentido.
Eu tenho um torno desses (sim, eu fiz isso!), mas no meu caso, eu o uso para criar ferramentas e para outros hobbies, além de usá-lo apenas para riscar ou frisar alianças externamente. Fiz essa postagem, pois esse tema tem muitos interessados e, como o blog é bastante amplo em sua linguagem, quero deixar esse alerta.
Existem mini tornos específicos para fabricar alianças, mas é preciso levar em consideração que, se for um trabalho esporádico e de baixa demanda, eles até dão conta. No entanto, não têm preparo para aguentar trabalho pesado, e geralmente, tornos pequenos têm vibração, e essa vibração estraga as alianças.
Mas voltando aos torninhos comuns que não são para ourives (a não ser que adapte)... Mini-tornos da Sherline e da Proxxon são americanos. São máquinas muito bem acabadas e muito precisas, mas custam uma pequena fortuna. Se não me engano, há representante da Sherline no Brasil.
Os mini-tornos vendidos no Brasil e em outros países são, em sua grande maioria, de origem chinesa. Apenas muda-se o nome e a cor da máquina. Geralmente, a empresa que os importa coloca seu nome e sua logomarca. A marca Sieg parece ser a mais popular, como este da foto acima, que aqui é vendido pela Manrod com o nome de MR 300. Abaixo, outros modelos da Sieg e também já transformados pela Manrod e também por outras empresas.
Manrod MR 34 e um similar:
Comprei um torninho desses recentemente. Embora não seja necessário em um atelier de joias, vai me ajudar a desenvolver algumas ideias em relação a ferramentas e também na manutenção das outras máquinas do atelier. A princípio, estou satisfeito com essa novidade. Não sei nada sobre tornos ou mecânica, exceto pelos instrumentos de medição como paquímetro, micrômetro e compasso, que são comuns nas duas profissões.
Alguns ajustes iniciais são necessários, pois o torno vem desalinhado, então é necessário ajustá-lo e lubrificá-lo. Sua precisão não é 100%, e sua origem chinesa pode explicar isso. No entanto, os torneiros experientes costumam modificá-lo e adaptá-lo. Como não tenho experiência, fiz alguns ajustes ao meu modo e até que ficou razoável. Procurei informações sobre esses tornos na internet e, salvo um fórum com poucas informações, não achei nada consistente.
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Essa alavanca serve para acionar o fuso, ou seja, aquele parafuso guia que move a torre quando se está fazendo rosca ou outra prática que exija esse movimento automático. Segundo uma análise de um americano (Frank J. Hoose, Jr), esse torno possui um novo motor chamado Brushless, que além de ser completamente selado para evitar a entrada de sujeira, tem uma potência maior. Isso elimina a necessidade da alavanca high/low (alta/baixa). No lugar, existe uma caixa eletrônica que funciona como uma caixa de alimentação para trabalhar em conjunto com o motor.
Outra coisa que notei é que esse torno possui uma chapa que protege a rosca do parafuso guia, evitando que cavacos e limalha fiquem grudados, estragando o parafuso (cremalheira).
Estava pesquisando o preço de uma placa autocentrante e, entre perguntas e dúvidas dos vendedores sobre o torno, devido ao fato de ser um pouco diferente (embora eu já soubesse que trata-se de um Sieg), fui direto à fonte, a Manrod. Enviei um e-mail quase sem acreditar em obter resposta, mas para minha surpresa, recebi um e-mail do Marcelo A. Correia, gerente geral da Manrod. Após enviar as fotos do meu torno, as dúvidas foram sanadas, e as informações que postei acima foram confirmadas, mas não por e-mail e sim pelo próprio Marcelo ligando para esclarecer minhas dúvidas.
Trata-se do modelo Premium que a Manrod importava alguns anos atrás, mas parou. Esse modelo acabou encarecendo devido a essas novas tecnologias aplicadas ao torno, e segundo o Marcelo, hoje ele é comercializado apenas na Europa. A Manrod optou por comercializar o modelo básico, pois tornou-se inviável o comércio do torno premium. Enfim, me dei bem.
Gostaria de agradecer a atenção do Marcelo A. Correia, gerente geral da Manrod, pela simpatia e profissionalismo. Sendo assim, indico a Manrod a quem se interesse em adquirir algum produto.
Olá, excelente post. Só gostaria de complementar que também entrei em contato coma MANROD e tive a grata surpresa de ser atendido pelo sr. Marcelo, é raro hoje empresas atenderem pequenos clientes, o produto tem ótimo custo beneficio e o atendimento superou as minhas expectativas.
ResponderExcluirExato Fabiano,eles tem o diferencial,ao contrário de muitos outros que não se atentam pra parte mais importante da empresa;o cliente!
ResponderExcluirprecisei da Manrod recentemente e fui muito bem atendido novamente.
Muito interessante.
ResponderExcluirComprei um Manrod também, um mais simples, o MR-31.
Ainda não precisei deles, mas é bom saber que estão disponíveis para nos atender.
Agora quanto ao torno, tenho achado bem interessante.
Como você disse, não é extremamente preciso, mas tem um ótimo desempenho.
Grande abraço.
João tudo bem!!!o meu deu trabalho,mas acredito que eu mesmo ferrei s rolamentos dele logo no inicio,acabei trocando o eixo arvore e rolamentos e ficou melhor,mas é difícil de alinhar o bicho,mas fui muito bem atendido poe eles de novo,só acho que essa chinezada que fabrica o torno devia caprichar um pouquinho.
ExcluirTornos Chineses, não servem.
ResponderExcluirNada substitui on Boleto, Lorch, Unimat.
lathes.co.uk o maior site e referências de torno do mundo inteiro.