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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

OURIVESROCK POR AÍ.

Olha só o que achei por aí,uma tese com uma foto que eu tirei dos meus buris.Pelo menos essa me deu crédito,pagina 113,e aproveite baixar,pois é bem legal.
Forma,Função e Simbologia na Joalharia,está em pdf
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/55259/2/tesemestverateixeirav1000124501.pdf

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MARTELETES



Uma ferramenta que passou despercebida aqui no blog foi o martelete, ferramenta que usamos para fosquear o metal ou então para cravar pedras, o funcionamento dessa ferramenta acontece assim:
  -Usado em conjunto com o motor de chicote, o martelete possui um eixo excêntrico apoiado em dois rolamentos e uma contra mola, toda vez que o motor é acionado esse eixo empurra a mola e volta ao ponto inicial novamente quando a pista por onde desliza acaba é como se fosse uma rampa, sobe e pula, sobe e pula; sei que parece uma explicação maluca, mas é isso que acontece.
Esse eixo possui uma rosca interna onde é rosqueada a ponteira, essa é a peça que vai trabalhar como um pica-pau,"cutucando " o metal.
Esse abaixo eu acabei comprando sem querer, trata-se de um martelete nacional da marca MF, um pouco agressivo, mas muito bom.


Ponta de diamante para martelete

Caso você não saiba existe uma ponta de martelete com diamante, esse diamante vai provocar uma textura com muito brilho na peça, diferente da ponta comum de aço duro. É óbvio que você deve comprar a ponta de diamante conforme a marca de martelete, ou seja, se tem um martelete MF deve pedir para essa marca, se tem o Foredom deve pedir ponta em diamante para martelete Foredom.


Aqui uma dica de como prender o martelete caso o mesmo fique escapando do cabo. Use esparadrapo.







Os anos se passaram e acabei de comprar outro martelete melhor que esse MF, pois é muito rústico e agressivo para usar na cravação, serve mais para fosquear mesmo.
O novo martelete é da Foredom, sendo é necessário comprar o motor Foredom para usá-lo, pois não vai se encaixar em outros motores que não é o caso do martelete MF que se ajusta em uma boa quantidade de marcas. Mas esse investimento vale a pena, pois trabalhar com boas ferramentas é algo que não tem preço.
Ele vem com apenas uma ponteira, mas tem um kit com outros modelos de pontas, mas são vendidos separadamente...
...que assim que eu pagar essas novas ferramentas que comprei, vou completar o jogo de pontas, essas vendidas pela loja Bordente de SP. Cabe também dizer que esse martelete da Foredom é um pouco caro, mas trata-se do melhor martelete que existe, se houver outro que seja tão bom, eu desconheço.




O martelete é usado para diversos fins, até mesmo em escultura.

Para quem está iniciando na joalheria esse equipamento é desnecessário, pelo menos no início; já que existem outras prioridades básicas no início e também nem todos os ourives usam o martelete para cravar, pois existem outras técnicas. No meu caso como já tenho todas as ferramentas necessárias para um ateliê básico, gosto de investir em novas ferramentas.


domingo, 8 de setembro de 2013

LAMINADOR ANTIGO,ALGUÉM CONHECE ESSE DA FOTO!


Alguém conhece esse laminador da foto? Trata-se de uma máquina bem antiga, e seu dono quer avaliá-la e vendê-la. Os cilindros são lisos, apenas para chapa. Caso alguém se interesse, entre em contato com o RogerKin (rogerkin@gmail.com). Ele não trabalha com joias e quer avaliar e vender essa antiguidade.





Atualizando! Descobri que esse laminador é de origem


alemã.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MINI-TORNO UNIVERSAL

Esta semana, enquanto estava revisando e atualizando as postagens, me deparei com um anúncio no Mercado Livre: "Torno De Bancada Torno Mecânico Ourives Joalheiro Mini Torno".

Amigos! Esses mini tornos servem para um monte de coisas, menos para fazer joias. A única utilidade desse torno seria fazer alianças, e mesmo assim seria preciso fazer uma adaptação e comprar um jogo de pinças internas e externas que custam caro. Se somarmos o preço do torno mais as pinças externas e internas, ele vai custar quase a metade de um torno profissional para fabricar alianças. Ou seja, é como remodelar um Fusca cuja melhoria custará 50% do valor de uma Hilux, não faz sentido.

Eu tenho um torno desses (sim, eu fiz isso!), mas no meu caso, eu o uso para criar ferramentas e para outros hobbies, além de usá-lo apenas para riscar ou frisar alianças externamente. Fiz essa postagem, pois esse tema tem muitos interessados e, como o blog é bastante amplo em sua linguagem, quero deixar esse alerta.

Existem mini tornos específicos para fabricar alianças, mas é preciso levar em consideração que, se for um trabalho esporádico e de baixa demanda, eles até dão conta. No entanto, não têm preparo para aguentar trabalho pesado, e geralmente, tornos pequenos têm vibração, e essa vibração estraga as alianças.

Mas voltando aos torninhos comuns que não são para ourives (a não ser que adapte)... Mini-tornos da Sherline e da Proxxon são americanos. São máquinas muito bem acabadas e muito precisas, mas custam uma pequena fortuna. Se não me engano, há representante da Sherline no Brasil.



Apenas lembrando, sou torneiro mecânico amador. Então, se eu tiver errado algum nome ou dado alguma informação incorreta, por favor, me corrijam! 





Os mini-tornos vendidos no Brasil e em outros países são, em sua grande maioria, de origem chinesa. Apenas muda-se o nome e a cor da máquina. Geralmente, a empresa que os importa coloca seu nome e sua logomarca. A marca Sieg parece ser a mais popular, como este da foto acima, que aqui é vendido pela Manrod com o nome de MR 300. Abaixo, outros modelos da Sieg e também já transformados pela Manrod e também por outras empresas.

Manrod MR 34 e um similar:


    

Manrod MR 31 e seu original sem maquiagem Sieg C1


Manrod MR300  já pintado de azul pela Manrod e dois similares, Sieg C2





Manrod MR 301 e o similar Sieg C3




Outra marca comercializada por aqui é a Lee Tools, uma máquina muito bem acabada e com a vantagem de fazer roscas em milímetro e polegada. Também possui tacômetro digital, mas pelo que andei pesquisando, peca pela assistência técnica, que parece ser um tanto ausente no Brasil. Um bom mini torno, mas chinês como os outros.

Comprei um torninho desses recentemente. Embora não seja necessário em um atelier de joias, vai me ajudar a desenvolver algumas ideias em relação a ferramentas e também na manutenção das outras máquinas do atelier. A princípio, estou satisfeito com essa novidade. Não sei nada sobre tornos ou mecânica, exceto pelos instrumentos de medição como paquímetro, micrômetro e compasso, que são comuns nas duas profissões.

Alguns ajustes iniciais são necessários, pois o torno vem desalinhado, então é necessário ajustá-lo e lubrificá-lo. Sua precisão não é 100%, e sua origem chinesa pode explicar isso. No entanto, os torneiros experientes costumam modificá-lo e adaptá-lo. Como não tenho experiência, fiz alguns ajustes ao meu modo e até que ficou razoável. Procurei informações sobre esses tornos na internet e, salvo um fórum com poucas informações, não achei nada consistente.

Abaixo o similar ao meu o sieg C2 Mini Lathe
  • S

A princípio, estranhei o meu torno ter a carenagem lateral quadrada, diferente dos modelos que tinha visto. Depois de algumas pesquisas, descobri o porquê dessas diferenças. O meu torno é um modelo Premium que a Manrod importava anos atrás. No entanto, como o torninho ficou mais caro, eles optaram por trabalhar com o modelo mais simples, que seria esse abaixo:

Nas fotos, podemos ver essa diferença. Achava que fosse apenas estética, mas não é.




Por exemplo, a primeira coisa que notei é que meu torno não tinha a alavanca para alterar a velocidade alta/baixa, e sim uma caixa eletrônica.
.

Essa alavanca serve para acionar o fuso, ou seja, aquele parafuso guia que move a torre quando se está fazendo rosca ou outra prática que exija esse movimento automático. Segundo uma análise de um americano (Frank J. Hoose, Jr), esse torno possui um novo motor chamado Brushless, que além de ser completamente selado para evitar a entrada de sujeira, tem uma potência maior. Isso elimina a necessidade da alavanca high/low (alta/baixa). No lugar, existe uma caixa eletrônica que funciona como uma caixa de alimentação para trabalhar em conjunto com o motor.

Outra coisa que notei é que esse torno possui uma chapa que protege a rosca do parafuso guia, evitando que cavacos e limalha fiquem grudados, estragando o parafuso (cremalheira).

















  


Estava pesquisando o preço de uma placa autocentrante e, entre perguntas e dúvidas dos vendedores sobre o torno, devido ao fato de ser um pouco diferente (embora eu já soubesse que trata-se de um Sieg), fui direto à fonte, a Manrod. Enviei um e-mail quase sem acreditar em obter resposta, mas para minha surpresa, recebi um e-mail do Marcelo A. Correia, gerente geral da Manrod. Após enviar as fotos do meu torno, as dúvidas foram sanadas, e as informações que postei acima foram confirmadas, mas não por e-mail e sim pelo próprio Marcelo ligando para esclarecer minhas dúvidas.

Trata-se do modelo Premium que a Manrod importava alguns anos atrás, mas parou. Esse modelo acabou encarecendo devido a essas novas tecnologias aplicadas ao torno, e segundo o Marcelo, hoje ele é comercializado apenas na Europa. A Manrod optou por comercializar o modelo básico, pois tornou-se inviável o comércio do torno premium. Enfim, me dei bem.

Gostaria de agradecer a atenção do Marcelo A. Correia, gerente geral da Manrod, pela simpatia e profissionalismo. Sendo assim, indico a Manrod a quem se interesse em adquirir algum produto.



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