Trata-se de uma haste de aço com um dos lados pontiagudos, usada para facilitar a soldagem ou até mesmo para "puxar a solda" quando ela resolve escorrer para um lado indesejado. Além disso, ela serve para pegar a solda cortada em minúsculos quadradinhos e levá-los até a peça a ser soldada. Muitos utilizam a própria pinça para realizar esse trabalho, aquecendo uma das pontas para pegar a solda.
Apesar de ser uma ferramenta extremamente simples, o grande desafio é encontrar um tipo de aço no qual a solda não se funda à ponteira. Isso significa que a solda é recolhida, mas acaba fundindo-se com a ponteira. Já tentei fazer ponteiras utilizando raios de bicicleta, raios de moto, fio de aço para pesca, pernas de óculos, entre outros materiais, mas a solda sempre grudava (fundia-se) na ponteira, sendo removida apenas com o uso de um motor esmeril.
Contudo, um belo dia, compreendi o óbvio. Se a solda não gruda na pinça, por que não fazer um teste? E não é que deu certo! Peguei uma pinça que um nobre amigo, ao utilizá-la para laminar uma pequena chapa de ouro e com medo de pegar os dedos no laminador, não puxou a pinça a tempo, acabando por laminar o ouro e a pinça juntos (rsrsrs). Cortei uma tira fina dessa pinça, lixei as rebarbas e a laminei no tamanho desejado para, por fim, criar a ponta. Em seguida, aqueci essa ponta com o maçarico até ficar vermelha e mergulhei no trincal, passando novamente o fogo para criar uma camada isolante. Pronto, deu certo e continuo usando até hoje.
Entretanto, se essa ponta fina começar a soltar pedacinhos enquanto estiver em uso, é recomendável descartá-la, pois essas camadas de aço podem danificar a solda. Para aqueles que conseguem trabalhar sem essa ponteira de solda, meus parabéns, pois estão livres de uma imensa dor de cabeça. Compartilhei algumas fotos para uma compreensão mais clara: