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sábado, 27 de novembro de 2010

Qual configuração de laminador devo comprar primeiro?

Essa é a grande dúvida de todo iniciante, mas posso oferecer duas dicas importantíssimas, na verdade, duas opções. Se você está adquirindo um laminador e não dispõe de muitos recursos financeiros, a alternativa ideal seria escolher um laminador manual misto com perfis de chapa, fio e meia-cana. Simples assim!

Essa é a escolha de quase 90% dos iniciantes, pois necessitarão desses três perfis para confeccionar joias, e todos esses perfis estarão disponíveis no laminador misto. Vamos conhecer esse laminador: As setas amarelas indicam os canais no perfil quadrado, a seta verde mostra os perfis meia-cana, e a seta laranja destaca a chapa.

Ao optar por um laminador manual misto, você terá versatilidade na criação das suas peças, permitindo a manipulação do metal de diversas formas. Essa escolha não apenas atende às necessidades fundamentais dos iniciantes, mas também oferece um excelente custo-benefício.

Espero que essas informações facilitem a decisão para quem está iniciando na ourivesaria.


Um lingote quando laminado no perfil quadrado, meia-cana ou chapa ficará com esses formatos abaixo:

O laminador manual pode ser simples ou com redução. A diferença entre eles é que o laminador com redução torna o trabalho mais leve na hora de virar a alavanca.

Vejam abaixo o laminador manual simples:



Uma segunda dica que posso oferecer, se tiverem um orçamento um pouco mais flexível, é considerar a compra de dois laminadores. Se a intenção é criar alianças com várias larguras, o laminador mencionado no início do post pode não ser suficiente, pois possui apenas 4 ou 5 larguras, seja meia-cana ou anatômicas.

Minha sugestão seria investir em um laminador exclusivo para chapa e fio quadrado. A razão é simples: terá mais espaço no cilindro para chapa, o que é crucial no dia a dia. Abaixo, vejam um cilindro dedicado exclusivamente a chapa e fio:

(Adicionar imagem ou descrição do cilindro só de chapa e fio)

Essa escolha oferecerá mais flexibilidade na criação de alianças com diferentes larguras, proporcionando um processo mais eficiente e preciso. Vale a pena considerar essa opção para atender às demandas variadas do trabalho diário em ourivesaria.

E outro laminador vai ter todas as meia-canas que precisa e não apenas 4 ou 5:

Esse pequeno abaixo foi meu primeiro laminador e apesar de ter 9 larguras por muitas vezes eu deixei de vender alguma aliança por não ter a medida que o cliente queria.

Hoje, já conto com outros equipamentos que atendem às minhas necessidades. Essas dicas são relevantes também para quem está considerando a compra de um laminador elétrico. Se possível, opte por um elétrico específico para chapa e fio, maximizando o espaço para chapa, enquanto reserva laminadores manuais para perfis meia-cana e anatômicas.

Uma observação importante: ao adquirir um laminador ou qualquer outra máquina de joalheria, esteja ciente do prazo de entrega. Normalmente, o fabricante inicia a produção dos cilindros conforme o pedido do cliente, e em condições normais, isso pode levar até trinta dias. No entanto, se a empresa estiver com muitas encomendas, esse prazo pode se estender.

É crucial compreender esse processo para evitar frustrações. Um exemplo pessoal: ao adquirir meu laminador elétrico da marca Coelho, o prazo foi de trinta e três dias, embora inicialmente tivessem pedido quarenta dias devido à alta demanda. O laminador manual levou trinta dias, um laminador anatômico de outra empresa demorou vinte e cinco dias, outros dois laminadores (meia-cana e com desenhos) também levaram em média trinta e poucos dias, e uma inclusora a vácuo (minha última compra) demorou 43 dias devido à sobrecarga do fabricante, que havia prometido vinte dias e acabou levando o dobro do tempo.

Desejo boas compras a todos! E não hesitem em questionar o fabricante sobre o prazo de entrega.


ESTUFAS PARA SECAR JOIAS

Estufa de madeira (caseira): Esta estufa, geralmente feita de forma caseira, utiliza uma caixa de madeira. A da foto foi concluída hoje e confeccionada por um amigo marceneiro.

A estufa é essencial para secar joias ocas, que, após serem polidas e lavadas, acumulam água em seu interior. Outra aplicação útil ocorre quando colamos alguma pedra com Araldite; nesse caso, colocamos a joia na estufa para acelerar a secagem da cola.

A construção da estufa é bastante simples:

  • Uma caixa de madeira com tampa
  • Um soquete cerâmico
  • Um interruptor comum
  • Cabo e plug para ligar a lâmpada
  • Uma lâmpada
Essa configuração proporciona uma solução prática e eficiente para o processo de secagem, contribuindo para a qualidade e durabilidade das joias. 





É comum usar pó de serra dentro da caixa. Para isso, utiliza-se uma pequena gaveta com uma divisória no meio: uma metade é preenchida com pó de serra, e a outra metade permanece limpa para colocar os anéis que foram colados.

Além disso, existe a opção de estufa para esterilização, comumente utilizada por manicures. Essas estufas também podem ser empregadas para secar joias, mas é crucial exercer cuidado para não danificar peças que contenham pérolas, corais e outras pedras mais sensíveis. O uso excessivo pode causar choque térmico, então é aconselhável evitar deixar as joias por mais tempo do que o necessário.




Garantir que as joias estejam completamente secas é crucial, especialmente para anéis e correntes ocas, a fim de evitar que soltem água no dedo do cliente. O cuidado com a secagem adequada não apenas preserva a qualidade das peças, mas também contribui para uma experiência positiva do cliente. O uso da estufa, seja com pó de serra ou outro método, desempenha um papel essencial na garantia de que as joias estejam prontas para uso sem causar desconforto ou problemas. Agradecemos por compartilhar essas práticas valiosas na manutenção e preparação de joias.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A ARTE DO SINGH




Esse rapaz na foto é o grande amigo Marcelo, companheiro de muitas cervejas e risadas. Quem o conhece reconhece a gentileza, humildade e inteligência desse indivíduo que já percorreu bastante o Brasil exibindo sua arte, as esculturas em madeira!

Abaixo, compartilho algumas fotos das obras de arte do meu irmão, Marcelo Singh.
















Tambores Djambê

sábado, 20 de novembro de 2010

CÓPIA DA CÓPIA

Essa semana aconteceu um fato bem engraçado, estava eu navegando pelos blogs sobre joias e me deparei com uma matéria creditada ao dono do blog, mas não é a verdade! O cara pegou uma pagina inteira do livro "A Joalheria" do espanhol Carles Codina e simplesmente copiou mudando uma palavrinha aqui e outra ali, como se fosse ele o autor.
Eu poderia lotar meu blog de matérias sobre joalheria apenas copiando da internet, mas aí seria apenas mais um.
Prefiro assim! Um blog simples, com muitos erros de ortografia, um blog com identidade própria, um blog sincero e quando porventura precisar de algum material extra, dou o crédito à fonte da informação. Deixo a pretensão e a megalomania para os outros.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

BALDE PARA LAVAR AS MÃOS


Quando estamos trabalhando, é comum que o pó de ouro ou prata adira às nossas mãos e antebraços. As partículas extremamente finas de metal liberadas durante o lixamento da peça permanecem suspensas no ar por um tempo e, eventualmente, assentam na bancada, nas roupas e no chão da oficina. Daí a importância de utilizar uma máscara durante o trabalho.

Quanto ao pó que se dispersa no ambiente, uma limpeza cuidadosa e o uso de um aspirador de pó potente em toda a área podem ajudar a recuperar essas partículas metálicas. Vale ressaltar que o filtro do aspirador usado para limpar a oficina deve ser exclusivamente destinado a esse propósito, sendo descartado posteriormente juntamente com os resíduos da oficina para uma subsequente purificação, visando recuperar o ouro.

Dica adicional: Ao concluir a criação de uma joia na bancada, é recomendável usar um pequeno balde com tampa. Coloque-o sob a torneira para lavar suas mãos e braços. Após o procedimento, tampe o balde e reserve. Quando o nível de água estiver significativo, faça a decantação com cuidado para não perder o ouro que se depositou no fundo. Alguns profissionais optam por usar álcool em vez de água, mas a água é a minha escolha pessoal.

Para descontaminar a água acumulada no fundo do balde, adicione água sanitária. Essas precauções ajudam a gerenciar de maneira mais eficaz os resíduos metálicos e garantem a segurança no manuseio desses materiais. 

Vejam o barro que contém ouro e prata.


A escolha de não lavar diretamente na pia e usar um balde específico tem sua razão. Muitas pias possuem sistemas de decantação que, na prática, separam a parte mais fina do ouro, fazendo com que essa fração seja direcionada para o esgoto, enquanto apenas a parte mais pesada, contendo partículas maiores, se deposita no fundo do balde.

Portanto, é aconselhável utilizar o balde exclusivamente para lavar as mãos ao trabalhar com ouro amarelo. Esse ouro depositado no fundo do balde será submetido ao processo de decantação. Posteriormente, com o auxílio de álcool, é possível lavar o metal, remover o excesso de álcool e deixar secar naturalmente ao sol.

Uma vez seco, o ouro pode ser retirado do fundo do balde. Para purificar o material, recomenda-se queimar o ouro com o auxílio de uma lata de sardinhas (passando a chama por baixo da lata, não diretamente sobre o pó de ouro) até que o ouro adquira uma coloração avermelhada. Em seguida, esfrie e utilize um ímã para remover qualquer limalha de ferro presente. Finalmente, funda o ouro acrescentando bórax, e estará pronto para uso, livre de impurezas. Essa prática proporciona uma maneira eficiente de recuperar o ouro residual.


sábado, 13 de novembro de 2010

FIEIRAS PARA TREFILAR/PUXAR FIO

As fieiras são chapas de metal com vários furos em formato cônico ou outro em ordem crescente. Geralmente escalonados em milímetros servem para fabricar fio de ouro, prata, cobre, latão etc.
Geralmente começam na medida 0,20 mm e vão até 8,0 mm ou até mais; lembrando que para ter todas essas medidas vamos ter que comprar algumas fieiras pois geralmente são 15 ou 20 furos cada (falamos das nacionais e não das chinesas ou italianas) 
O fio quadrado ao sair do laminador é apontado, recozido e encerado para ser então trefilado na fieira até a medida desejada.
O fio é formado como no desenho abaixo:
As fieiras mais simples são essas que estão abaixo. São encontradas tanto as nacionais quanto as importadas nesse formato:



O ruim é que algumas dessas (nacionais) vêm com os furos descalibrados. Nem sempre a numeração marcada é a medida do furo.
Uma fieira muito boa é essa fieira individual de Widea, a qual se compra a numeração desejada e monta-se com a ajuda de um suporte comprado a parte.
Eu já tinha 22 fieiras individuais sem o suporte e resolvi completar o jogo com algumas fieiras de fim de estoque que comprei na Fornitura Virtual. Consegui uma numeração de 0.30 mm até 2.10 mm, uma escala muito usada no meu caso.

Existem outros formatos de fios como o oval, meia cana, quadrado canto vivo e canto morto, retangular canto vivo e canto morto, navete, triangulo etc. As italianas custam caro a partir de 600,00 reais cada, porém valem cada centavo.













 Fieiras chinesas? Comprar ou não comprar? 
Tem gente que gosta e tem gente que reclama, mas pelo preço que são vendidas (se eu não tivesse nem uma pra usar) eu compraria sem dúvida, essas também são vendidas em vários formatos e tamanhos, mas não espere milagres com um preço tão baixo.

Fieira para charneira é usada para fazer tubinhos (charneira) de prata e ouro.
Qualquer fieira serve para tal fim, mas essa grande tem tamanhos muito usados e completa as fieiras menores. As suas medidas são 7,5 x 36 cm aproximados contendo 48 furos.
Essa fieira é nacional tem seus furos descalibrados e os fios ficam riscados.



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